"procuro teu perfume, teu ombro, tua mão no respirar morno das casas. Revolvo-me no branco dos lençóis,como o mar se resolve contra as paredes, em maré viva. O sopro do teu sono humedece-me o peito.Manhã consufa, nevoenta luz onde se quebra o pesadelo. Procuro-te, peixe alucinante, no fundo lodoso de mim. (...) O ténue tecido das continas separa o sonho vivido em ti da cidade há muito acordada. Prolongo esse instante de ilusão (...)"
Excerto de O pranto das mulheres sábias, in "À procura do Vento Num Jardin d'Agosto"
Excerto de O pranto das mulheres sábias, in "À procura do Vento Num Jardin d'Agosto"