quarta-feira, agosto 03, 2011

Por estas noites frias e brumosas

É que melhor se pode amar, querida!

Nem uma estrela pálida, perdida

Entre a névoa, abre as pálpebras medrosas

Mas um perfume cálido de rosas

Corre a face da terra adormecida ...

E a névoa cresce, e, em grupos repartida,

Enche os ares de sombras vaporosas:

Sombras errantes, corpos nus, ardentes

Carnes lascivas ... um rumor vibrante

De atritos longos e de beijos quentes ...

E os céus se estendem, palpitando, cheio

Da tépida brancura fulgurante

De um turbilhão de braços e de seios.